Nuvem pública: tudo o que você precisa saber para começar a usar

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24 Agosto 2022

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Você já deve ter ouvido falar em nuvem pública. Neste post vamos apresentar os benefícios dos quatro pilares que sustentam a capacidade de ser dinâmica, elástica, self service e bilhetada.

Mas antes de tudo, você sabe o que é uma nuvem pública?

Se você tem cargas de trabalho e está pensando em migrar para a nuvem pública, então imagine que ela foi desenvolvida com base no princípio do compartilhamento de hardware, rede, armazenamento e software capazes de responder multitarefas de multi usuários em um único ambiente computacional. Para melhor entendimento compare com os serviços de distribuição pública de água, energia e esgoto.

Você não é proprietário de nenhum destes sistemas, não fez investimentos em nenhuma tubulação, rede, fios ou estações, mas usufrui de maneira compartilhada com outros consumidores todos estes recursos sob a variável da tarifação do consumo individual. A nuvem pública segue o mesmo padrão.

Ela é formada por um conjunto de tecnologias em rede cuidadosamente desenvolvida ao longo dos anos para que os serviços de infraestrutura de TI sejam consumidos sob demanda, o que conhecemos como IaaS (Infrastructure as a Service).

Você não é dono dos gigabytes, nem dos clusters de servidores, nem das plataformas, aplicativos ou serviços. Mas assim como nossos serviços de utilizada pública, você assina um contrato, usa os recursos e paga por aquilo que utilizou em um período de tempo.

Essa abordagem tem invadido velozmente industrias tradicionais como a automobilística, energia e health care. Avançamos para uma sociedade em que não só as empresas, mas as pessoas querem pagar pelo consumo e compartilhar recursos ociosos. Por essência as pessoas querem substituir investimentos de aquisição/compra por orçamentos recorrentes de consumo ajustado, evitando perdas ou gastos com depreciação, seguros ou manutenções.

Estas características tem um forte apelo sobre os orçamentos de TI nas pequenas, médias e grandes corporações. É uma ?tentação? que na prática enfrenta um grande desafio de portabilidade, seja pela configuração monolítica, segurança ou criticidade de disponibilidade das aplicações. A infraestrutura como serviço (IaaS) já é uma realidade consagrada na oferta de cloud pública.

Ela funciona como um conjunto de recursos lógicos, provisionando e alocando automaticamente para cada cliente por meio de uma interface de autosserviço. Uma forma inteligente, simples e econômica para você escalonar horizontalmente as cargas de trabalho que sofrem flutuações inesperadas na demanda. A camada lógica existe para orquestrar, escalar, monitorar e performar a utilização dos recursos físicos, ora disponíveis e compartilhados.

A cloud publica surge para ser uma opção para algumas demandas que a cloud privada não consegue atender. Há quem diga que exista uma cloud híbrida, porém sem um padrão ou modelagem, ela está muito mais para um conceito de arquitetura do que para uma prática tecnológica.

Existe cloud híbrida?

Os projetos de implementação de cloud iniciaram com os grandes players. E entre cloud pública e privada, surge uma forte tendência por uma utilização híbrida, na qual os privilégios de utilização entre uma pública e privada resultam numa arquitetura que pode ser denominada híbrida.

Na prática, não existe uma cloud híbrida, o que se apresenta é uma arquitetura mista de utilização entre a cloud pública e privada. Em um futuro não distante, as aplicações nativas para cloud pública, alicerçada na cultura DevOps, certamente aliviarão a pressão sob as demandas por cloud privada ou híbrida.

Principalmente para organizações sensíveis que possuem cenários de cargas de trabalho onde exigem baixíssima latência, regulamentação das aplicações e cargas de trabalho maduras, além de aplicações legadas e que não suportam virtualização e são altamente customizadas.

Como a cloud pública funciona?

A cloud pública não precisa ser consumida como uma solução de infraestrutura independente. Ela pode constituir-se de uma configuração heterogênea de ambientes computacionais que mesclam a utilização de multi-cloud. Ela pode ser tão segura e performática quanto uma solução local ou privada, mas com a vantagem de abstrair todas as demandas de infra que requerem investimentos.

O foco não é mais o datacenter e seus ?facilities?. O foco é processamento, latência e disponibilidade. A implantação da cloud pública é mais simples, já que ao contratar os recursos sob demanda o cliente pode configurar mais ou menos recursos computacionais de processamento, memória, velocidade e armazenamento, além de plataformas ou serviços adicionais por hora ou ainda por segundo, como as soluções que vem adotando a tecnologia serverless. Outro ponto de aceleração da atração para a cloud pública são os altos investimentos de CAPEX que os modelos tradicionais possuem.

Na nuvem pública eles são reduzidos por conta do modelo de compartilhamento computacional empregado. As empresas mais sensíveis a orçamentos de TI, principalmente as pequenas e médias, incluem na sua análise este item como prioridade na hora de decidir qual caminho tomar. Essa flexibilidade conquista cada vez mais adeptos, pois permite alocar a quantidade necessária e no momento certo. Estas características formam os 4 pilares de uma cloud pública.

Entenda os 4 pilares

Os 4 pilares de uma nuvem pública

A definição do laboratório de tecnologia do National Institute of Standards and Technology (NIST) enumera as principais características essenciais da computação em nuvem pública, que são considerados os pilares: self-service, on-demand, pool de recursos dinâmicos, elasticidade ou expansão rápida e serviço medido.

1. Recursos Dinâmicos

O pilar do agrupamento de recursos dinâmicos, requer que a cloud tenha capacidade de agrupar e compartilhar múltiplos recursos físicos e lógicos, com múltiplos usuários simultaneamente.

Os recursos computacionais do provedor de cloud são agrupados para atender a múltiplos consumidores usando um modelo sem ponto único de falha (multi-tenant).

Com variados recursos físicos e virtuais atribuídos e re-atribuídos dinamicamente de acordo com a demanda do consumidor. Vantagens: exclui a necessidade de orçamento para CAPEX e evita gastos com o super provisionamento de recursos. Permite alinhar orçamentos de OPEX as demandas de consumo de infraestrutura da empresa.

2. Elasticidade

As capacidades computacionais podem ser provisionadas e liberadas elasticamente, em alguns casos automaticamente, para escalar rapidamente conforme a demanda.

Para o consumidor, as capacidades disponíveis para provisionamento muitas vezes parecem ser ilimitadas e podem ser apropriadas em qualquer quantidade e a qualquer momento. Vantagens: atende demandas pontuais, e não há limites para escalar rapidamente recursos computacionais em qualquer tempo.

3. Self-service

O pilar do autosserviço tem como premissa a ausência da necessidade de interação humana com o provedor da cloud.

O fornecedor da Cloud deve ofertar unilateralmente os recursos de computação, tais como a configuração de memória, processamento, velocidade, armazenamento, rede, sistema operacional e outras aplicações, conforme a necessidade e automaticamente.

Vantagens: liberdade e agilidade para configurar suas demandas computacionais, sem depender ou falar com terceiros. Isto reduz custos com equipe própria para gestão de infraestrutura.

4. Billing

O sistema de orquestração da nuvem pública controla e otimiza automaticamente o uso de recursos alavancando uma capacidade de medição em algum nível de abstração apropriado ao tipo de serviço.

Por exemplo, hora de uso de processamento, memória. O uso de recursos pode ser monitorado, gerenciado, além de reportado, proporcionando transparência tanto para o provedor quanto para o consumidor da cloud.

Vantagens: o pagamento é somente sobre o consumo da infraestrutura, seja por hora ou outra variável.

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